Vamos começar imaginando como se você estivesse em um labirinto. Quanto mais você tenta acertar o caminho, mais em direção ao interior do labirinto você vai. Entretanto, em um certo momento, você se sente estressado, ansioso e, muitas vezes, triste, pois todas as saídas parecem fechadas.
Dentro desse contexto, quando uma situação toma conta de sua vida é natural que as emoções venham à tona. Em um diálogo fisiológico, a amígdala, uma parte bem pequenininha em nosso cérebro, começa a se sobrepor sobre as decisões do córtex pré-frontal, e nos faz reagir emocionalmente, seja de uma maneira regulada ou não.
Agora, imagine viver em um constante labirinto. De um jeito ou de outro, você se adapta aquilo, porém, deixa de perceber qual é sua postura e não pensa como se houvesse um outro padrão. A dificuldade de mudar existe porque não refletimos sobre nossas atitudes, já que estamos no piloto automático.
Mudar requer um conjunto de habilidades emocionais e racionais, pois, assim, tais mudanças realmente serão profundas e não superficiais. O processo de mudança vai além de um processo emocional, ele é biológico e físico, já que envolve fatores que nem sempre partem da força de vontade.
De acordo com Daniel Goleman, o pai da inteligência emocional, para uma mudança positiva precisamos de: motivação, apoio, avaliação, planejamento e prática. Basicamente, são pequenos passos que podemos dar a partir da consciência, do gerenciamento das emoções, do gerenciamento social e da consciência social.
Sendo assim, para realizar mudanças é importante ter em mente um processo longo e, em alguns momentos, falhos. Dessa forma, vale saber que as condições memorizadas e familiares ao seu cérebro serão a força contrária ao objetivo. Por isso, comece a mudar mesmo que seja difícil, porque iniciar um processo pode lhe trazer a confiança para continuar.
Parece difícil no início, mas tudo é difícil no início.
Daniela Egéa
Psicóloga Clínica
Especialização em Intervenção Familiar Sistêmica
Atuação em Dependências/Compulsões
Idealizadora do Projeto Famílias em (re)construção
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